Pelo direito de Viver!
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Por Indinayara Francielle Batista Gouveia
Editado por Indinayara Francielle Batista Gouveia

Publicado em 23 de Maio de 2016 às 11:45

Acampamento Terra Livre reafirma a luta e defesa de direitos dos povos indígenas

Índios de todo o país: cerca de 900 pessoas de diferentes povos, cada um com seu modo e cultura, unidos pela defesa dos direitos e causas indígenas no Brasil. Estes eram os participantes do 12º Acampamento Terra Livre (ATL), que aconteceu em Brasília durante os dias 10 e 13 de maio, reunindo tribos de todo o país em momentos de reflexão sobre terra e território, atuação e participação das mulheres na luta e diálogos com autoridades.

Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), explicou que o acampamento pode ser considerado a maior assembleia indígena do país, e é aguardada por todos os povos, que se articulam da maneira que podem para comparecer no evento, tamanha a sua importância: ”O Acampamento é exatamente para a gente poder alinhar nossas estratégias de luta, nivelar quais as demandas das regiões e juntos poder fazer essa pressão sobre o Estado brasileiro para o cumprimento de nossos direitos.”.

Diferente de outros anos, em que o ATL acontecia na Esplanada dos Ministérios, neste ano o local escolhido foi o Memorial dos Povos Indígenas, diante do contexto de crise política do país e a necessidade de ocupar um lugar significativo para os povos.  O espaço não foi a única mudança.Essa edição contou também com uma plenária dedicada a discutir a voz das mulheres indígenas, o que, de acordo com Ceiça Pitaguary, da coordenação da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas  (APOINME ) demonstra o reconhecimento delas na luta: “No Acampamento sempre foram debatidos todos os temas, dado suas propostas por um mundo igual, e dessa vez o acampamento abre esse espaço para as mulheres reconhecendo os vários acampamentos em que as mulheres estiveram a frente.”

Célia Xakriabá vê nas mulheres uma grande força e a habilidade de “fazer da luta melodia” e aponta a unificação de lutas como a forma de fortalecer os povos e conquistar representatividade: “Nós vivemos em um momento significativo nessa frente de ameaças que vive os povos indígenas e nós percebemos que essa mesma herança da colonização de 1500 não está distante hoje no congresso brasileiro, porque quem está lá decidindo por nós, não são nossos povos indígenas, não são nossos povos quilombolas e não são os povos tradicionais.”.

A juventude também se mostrou representada no Terra Livre. Durkwa Xakriabá, jovem indígena, destaca a importância da nova geração assumir a luta dos antepassados, “Quem vai dar sequencia na luta hoje é a gente, hoje eu estou lutando, amanhã vai ser meu filho, depois o meu neto. Um dia eu era futuro, hoje eu sou presente, um dia meus filhos vão ser presente e eu estou aqui lutando pelo futuro deles.”.

Durante o Acampamento, que aconteceu na semana do afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff, os indígenas reafirmaram o compromisso com a defesa de seus direitos, publicando ao final do evento o Manifesto do XII Acampamento Terra Livre. “Se nossos direitos foram sistematicamente atacados no governo que sai, com esse atual governo as ameaças podem aumentar. Em razão de tudo isso, os nossos povos e organizações declaram publicamente a sua determinação de jamais desistir da defesa de seus direitos constitucionalmente garantidos. ”.  Leia aqui o Manifesto completo.

 

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