“Estamos defendendo o que está garantido na constituição, e não vamos abrir mão”
“Estamos defendendo o que está garantido na constituição, e não vamos abrir mão”

“Estamos defendendo o que está garantido na constituição, e não vamos abrir mão”

Por Indinayara Francielle Batista Gouveia
Editado por Indinayara Francielle Batista Gouveia

Publicado em 10 de Março de 2016 às 11:52

Por: Helen Santa Rosa

Swerue Xerente é coordenador da MOPIC – Movimento Organizado e integrante do Comitê Gestor do Projeto DGM/FIP/Brasil, fundo de apoio a ações de preservação e recuperação ambiental junto a Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado Brasileiro. Durante a reunião do Comitê realizada em Montes Claros/MG, no mês de janeiro, Swerue falou sobre o contexto de que vivem as comunidades tradicionais, sobretudo os Povos Indigenas, e as expectativas para este ano.

CAA/NM: Como você vê o contexto social e político para as lutas dos Povos e Comunidades Tradicionais, e quais as expectativas e desafios para o ano de 2016?

Temos neste ano dois grandes desafios. É um ano eleitoral e por isso muitas coisas irão se flexibilizar, principalmente a pressão que enfrentamos, principalmente com relação aos direitos indígenas. O ano de 2015 foi todo de luta, do início ao fim. Mas penso que em 2016 a luta continua, mas um pouco mais branda, em virtude da eleição que vai acontecer nos municípios. A gente sabe que na maior parte dos municípios que os indígenas habitam temos grande condição de nortear as eleições. Por isso a gente espera que a luta seja menor do que o ano passado. E diante disso, temos que aproveitar , dialogar mais para avançarmos mais na garantia dos direitos dos povos indígenas.

Os projetos que estamos trabalhando também precisam contribuir para esse elo, para fortalecimento das ideias, buscando avançar mais no campo das disputa e batalhas. Temos dificuldade de acessar recursos dos municípios e estados, para chegar até as instâncias e fazer a defesa. Com essa união dos Povos e Comunidades Tradicionais e de organizações de apoio a luta facilita muito mais.

CAA/NM: Como vê a ação da bancada ruralista com relação aos Povos Indígenas?

É uma ação articulada desses parlamentares que foram eleitos para defender os interesses dessas categoria e isso sempre vai acontecer. São interesses não só do agronegócio, mas também estão interessados na mineração em territórios indígenas, e por esta razão querem desqualificar territórios já demarcados.  E com isso facilitar que as propostas de emenda constitucional possam avançar em terras já demarcadas e homologadas. É uma pressão, mas os indígenas também estão bastante atentos a partir dos meios de comunicação e das redes que sempre divulgam notas e contribuem para a constante mobilização e manifestações contra esses avanços e ameaças aos direitos dos povos indígenas. Nós estamos defendendo o que já está garantido na Constituição e não vamos abrir mão, ainda que a bancada ruralista ou outras anti-indigenas queiram, vamos sempre estar pautados na legislação, no que é nosso direito.

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